Saiba o motivo que os pediatras querem as crianças na primeira infância façam terapia

Saiba o motivo que os pediatras querem as crianças na primeira infância façam terapia

Saiba o motivo que os pediatras querem as crianças na primeira infância façam terapia

Publicado: 2018-6-13 por Psicóloga Juliana Gonçalves Oliveira Guedes

Saiba o motivo que os pediatras querem as crianças na primeira infância façam terapia

A acadêmia americana de pediatria recomenda que todas as crianças, incluindo bebês, apresentar atraso em seu desenvolvimento emocional e social. Tradicionalmente pediatras apresenta preocupação primeiramente com o desenvolvimento físico das crianças. Entretanto, como vem ficando mais evidente a importância da vida social da criança para seu desenvolvimento posterior, pediatras começaram a dar mais atenção para desenvolvimento comportamental e emocional. Muitos pediatras estão agora conduzindo todas as crianças que apresentam ter algum problema comportamental ou que tem algum atraso em seu desenvolvimento social ou emocional. Quando a avaliação sugere que a criança está "em risco" em relação dessas preocupações, pediatras normalmente recomenda que a criança tenha intervenção, sendo assim fazendo terapia com psicólogo especializado em crianças. Em alguns casos o psicólogo trabalha diretamente como os pediatras, mas em muitos casos a terapia pode ser feita independentemente do acompanhamento do pediatra.

O que os pais devem fazer?

Quando o pediatra faz a recomendação, muitos pais concordam e procuram a terapia para suas crianças, enquanto muitos outros negam a recomendação, simplesmente porque eles acreditam que não é necessário ou que terapia não surtirá efeito.

Entretanto, continua crescendo a evidência que terapia funciona e que há uma melhora no desenvolvimento emocional e social.

Por exemplo, a revista científica American Academy of Pediatrics publicou um estudo que examinou 3169 crianças(entre 6 meses até 3 anos) que passaram em clínica pediátrica. Destas crianças, em torno de 711 ou 22% foi considerada "em risco", ou seja, apresentaram sinais de atraso em seu desenvolvimento social ou emocional, ou ainda, tinha problema em seu comportamento. Mais meninos(25%) que meninas(19%) foram considerados "em risco". Destas crianças foram oferecidas a opção de terapia o mais breve possível em casos mais severos com acompanhamento de pediatra e psicólogo mais frequente.

285 pais negaram a recomendação e 426 aceitaram iniciar a terapia. O autor então examinou um grupo de crianças que tiveram reavaliação, especificamente 170 crianças tiveram retorno, sendo que 67(40%) voltaram do grupo que não aceitou a terapia, o restante era do grupo que os filhos estavam fazendo terapia.

A terapia surtiu efeito?

Aproximadamento 56% das crianças que fizeram terapia apresentou uma melhora em seu desenvolvimento social e emocional. Entretanto, o grupo que negou a terapia, 25% das crianças mostraram melhora.

A terapia funcionou? Os resultados mostram claramente que as crianças que faziam terapia apresentaram melhora acima da média em relação ás crianças que não faziam terapia. Entretanto, existem outras explicações. Por exemplo, é possível que as famílias que aceitaram a terapia são mais propensas em cuidar dos filhos e assim se esforçam em outras vertentes para ajudar os filhos.

Deveria aceitar a recomendação do pediatra e levar meu filho ao psicólogo? A resposta é SIM. A evidência da efetividade das terapias está crescendo e não contra recomendação.

Referência: Rahil D. Briggs, Erin M. Stettler, Ellen Johnson Silver, Rebecca D. A. Schrag, Meghna Nayak, Susan Chinitz, Andrew D. Racine

Psicóloga Juliana Gonçalves Oliveira Guedes

Psicóloga Clínica

Formada em Psicologia pelo Centro Universitário UNA. Atua como psicóloga clínica em consultório particular..